O blog dos assuntos aleatórios.
16.5.09

 

Torradas! :D

 

A torrada, é sem dúvida um lanche tradicional. Estabelecida em tempos imemoriais, mas provavelmente depois da descoberta do fogo, este belo pedaço de pão ligeiramente aquecido até ficar relativamente rijo, é das invenções mais famosas de sempre, mas à qual é dada pouca atenção.

Para mudar esta situação algo injusta, decidi fazer este post para honrar essa instituição que é a torrada. Pessoalmente, sou um purista. A torrada feita com pão de centeio e manteiga, é a minha preferida. Com uma quantidade moderada de manteiga, claro está. É que se for uma quantidade muito elevada, amolece a torrada e torna-a enjoativa. E de uma refeição leve perfeitamente adequada, torna-se uma garantia de idas frequentes à casa de banho. O mesmo se aplica a outros ingredientes. E aqui entramos noutra das grandes vantagens da torrada: a sua versatilidade. Na torrada podem ser colocados vários ingredientes, ou combinações destes, tornando este aparentemente árido pedaço de pão, num naco de alimento digno dos deuses do Olimpo. Não que eles precisassem de alimento material. Mas se precisassem, provavelmente seria uma torrada que comeriam.

No entanto, persiste em mim uma grande dúvida. Se imaginarmos aquela torrada que obtemos quando a pedimos num café, ou seja, duas fatias de pão de forma cortadas em três bocados, esta divisão levanta um problema enorme. Qual é a ordem pela qual se devem comer os bocados da torrada? Aqui é que as opiniões se dividem. Existem algumas pessoas que afirmam ser melhor começar a torrada pela secção do meio, pois ela é melhor enquanto não arrefece. Outras escolas de pensamento afirmam, que o inverso é que é verdade. Já que a secção do meio é melhor, por ter mais manteiga, esta deve ser deixada para último, pois é sempre boa mesmo que mais fria. Já as secções mais periféricas são mais saborosas quando quentes e algo secas quando frias. Já dá para perceber que é um problema complexo.

Tudo isto, contribui para que a torrada seja considerada um alimento rico – não só em utilidade mas também em complexidade. E história, também! Apesar de ninguém a conhecer muito bem. 



 
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